Descoberto "cometa apagado" de 50 km entre a Terra e Netuno |
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Fonte: O Estado de São Paulo Novo astro parece ser um visitante da chamada Nuvem de Oort, a região mais distante do Sistema Solar
Diagrama da posição atual do novo astro em relação aos demais planetas do Sistema Solar Astrônomos anunciaram nesta segunda-feira, 18, a descoberta de um astro, possivelmente um aglomerado de rocha e gelo, como um gigantesco cometa, que se encontra a cerca de três bilhões de quilômetros da Terra - mais perto que o planeta Netuno. O novo corpo celeste, batizado 2006 SQ372, tem uma órbita ao redor do Sol extremamente esticada, quatro vezes mais longa do que larga, e que leva 22.500 anos para se completar. Seu diâmetro é estimado como sendo de entre 50 km e 100 km. O líder da equipe responsável pela descoberta, Andrew Becker, da Universidade de Washington, diz que o astro nunca chega perto o suficiente do Sol para desenvolver uma cauda, como os cometas tradicionais. Sedna, um planeta-anão descoberto em 2003, é o único outro objeto com órbita semelhante, mas a do novo astro é ainda mais excêntrica. Os autores da descoberta acreditam que 2006 SQ372 é um corpo da Nuvem de Oort, uma região remota do Sistema Solar onde, acredita-se, os cometas têm origem. Essa nuvem forma uma esfera que envolve o Sistema Solar e se estende por trilhões de quilômetros. A existência da nuvem foi proposta, nos anos 50, pelo astrônomo holandês Jan Oort. O corpo 2006 SQ372 pode ser um visitante da chamada nuvem interna, uma região distinta da nuvem externa, mais distante, da onde originam-se os cometas tradicionais. O astro está, neste momento, afastando-se do Sol, a caminho do extremo longínquo de sua trajetória, que fica a mais de 200 bilhões de quilômetros de distância. Ele só voltará à vizinhança de Netuno quando completar uma nova órbita, dentro de mais de 22 mil anos. A descoberta foi anunciada durante um simpósio internacional sobre a Sloan Digital Sky Survey (SDSS), um esforço para mapear todo o céu com telescópios. O novo astro foi encontrado em imagens feitas pela SDSS. O feito será descrito na revista especializada Astrophysical Journal. |
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